27.11.06

sobre rochas e rochedos!


“A exploração que ocultamos de nós mesmos por eras, agora revelada!

Avia uma responsabilidade toda em se estar rodeado por aquelas pedras.
Eram calcários comuns, mas conservavam e carregam consigo, “sentimentos”. E temos que cultivar e preservar as coisas boas que existem nos outros não é? Quanta responsabilidade!
Tudo bem, nem todo sentimento é bom, mas os daquelas pedras eram deveras plausíveis de se cultuar!
Deve ser por isso que temos tantos ídolos de pedra, estátuas gigantescas, pirâmides, palácios, cidades inteiras. Os litos têm características pelas quais eles são obviamente utilizados na construção destas coisas sobreditas. Solidez e longividade, por exemplo.
Nós às exploramos! Damos formatos distintos, de acordo com nossas vontades, para estas criaturas inanimadas, mas cheias de sentimentos. Corrompemos as tais rochas com nossas formas e as formas que nos será útil, Evangelizamos-nas retirando toda a sua rica cultura, suas histórias e mitos, e aplicamos nossa religião, sistema de escrita e simbologias a serem usadas por elas. Ingá que o diga.
O dia em que os seixos e britas, encostas e montanhas, resolverem nos dar uma lição, rolando por cima de nós, caindo dos lugares onde as pusemos, se atirando contra nossos frágeis corpos, é que vamos ver, que não se deve adotar tal comportamento colonizador.

Mas eu não. Eu sou diferente.
Eu amo as pedras e sempre estarei engajado na defesa das nobres criaturas que não traíram deus desde a sua criação!”

Esta é uma carta de um louco, fanático psicótico, neurótico, miserável e tolo que escreveu para o nosso jornal, e será publicada apenas para que vocês, leitores, riam dele!
Sim nós vendemos entretenimento.
“Jornal irreal”, dia de hoje, que pouco importa!

1 Comments:

Blogger Fernanda Eggers said...

Hm... Bom, já que as pedras não podem reclamar, que bom que houve alguém que reclamou por elas! =D
Só acho que foi um pouco tarde...

1:01 PM  

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