1.8.12

E a vida?


Hoje tive uma experiência inusitada. Conheci um cara q levou um tiro no pescoço do lado esquerdo, e saiu na mandíbula do lado direito. Julian. Casado com a Tatiana. Assalto. O cara me diz que levou um tiro num assalto enquanto espera de meia noite, o 601 na parada do Manaíra. Sim. Do lado do São José. Sabe o que é pior? O 601 não estava passando. Fomos caminhando pelo Retão até a parada do Mag para o 510. Ops. Foi isso que aconteceu: ele não me disse isso na parada. Ele disse no caminho. Eu fiquei vendo a cicatriz da bala, circular e grande, aquele monte de pele deformada regenerada aos trancos e barrancos pelo organismo do rapaz. Do outro lado a cicatriz da saída da bala era maior. Bem maior. Isso não me impressionou. a cicatriz da cirurgia pra reconstituir alguns tecidos dentro do pescoço dele me impressionou. Ia do buraco de entrada da bala até dentro da camisa e sabe-se lá até onde. Era irregular e bem disforme.

Como eu me acho uma pessoa normal, fiquei pensando na efemeridade da vida. Tive esse insight na hora que ele proferiu as seguintes palavras: "to contando". Ele quis dizer algo do tipo "to aqui para contar a história, mas poderia não estar"... Comecei a me perder então em pensamentos sobre a efemeridade da vida, como disse. Alguém colocou uma arma no pescoço do cara com o cano sutilmente inclinado para cima e a queima roupa, puxou o gatilho. O quanto vale a vida? Não tenho detalhes para vos informar que pertences foram levados, mas parece bobo da minha parte tentar pensar nessas miudezas quando sabemos que nada do que poderiam ter sido os espólios do crime, vale meia vida, sequer. 

Que experiência! Eu já achei fantástico ouvir esse causo, imagine-se como foi para ele... Ok, ok, decerto foi traumático, mas o cara estava lá pra contar a história! Pense por esse lado. Pense positivo. Bem, ele sabe que gosto tem sangue, chumbo e pólvora queimada misturados em seu pescoço, subindo goela a fora enquanto respirava dificilmente. Jogado no chão esperando ajuda incerta, talvez. Sem saber o que ia acontecer. Talvez. Pensando em tudo o que ainda não conhecera, e em alguns arrependimentos e mágoas. Possivelmente. Ele sabe que gosto tem a hostilidade (des)humana que em troca de algumas dezenas ou centenas de dinheiros, atentou contra sua vida. Não sei. Não me importo e não vem ao caso. Não porque sou um insensível. Ao contrário, o caso todo mexeu muito comigo. Mas o cara está muito bem. Na verdade, melhor que eu, que voltava para casa só... :P Só estou pondo em jogo aqui o fato de ter tido a sorte de ouvir essa história. 

Vou levar algum tempo com ela em mente pra aprender alguma coisa. Mas certamente ganhei muito, já de agora. a final, tudo pra mim é lição; tudo, experiência... Mas veja bem, agora tenho um problema. Não sei por que linha de raciocínio devo seguir. Vai ser outro turbilhão de imagens e palavras passando por minha cabeça mais vagarosamente do que aquela bala passando pelo pescoço do camarada, certamente. Bem, vou deitar e deixar fluir linhas diversas de raciocínio, mas vou começar me perguntando: Quanto vale a vida?  Com que velocidade podemos perdê-la? Nossa única vida... Alguns perdem devagar, outros, de vagar... Alguns de nem se mexer, outros ganham... Ele ganhou a vida dele. Rapaz de sorte, o Julian.

30.7.12

A couple of...

Há algum tempo voltei a pensar em poesia. Misturei um monte de ideia antiga, inspirações provocadas por algumas moças pessoas, ideias novas de rimas e toda sorte de miscelâneas. Minha atividade atual deu um empurrãozinho nas escolha do código e isso rendeu esse post. Não é grande coisa, não é nada demais. Pensei em não postar, terminei querendo postar e aí está. (Ninguém vem aqui mesmo...)





#1
It tastes like mystery
Smells like forbidden deeds
For the night is full of secrets
And not only dreams it feeds

As we are not allowed to sleep tight
So let us just get involved, in crime
And after some serious hard sighs
Let us feel the touch of dripping fire

To see the sunlight again wanted I
After this overflow of inspiration
But I see in the corridors of my mind

There is boundary and damnation
And for I cast so delicate words in vain
I shall never see the light again


#2
The image of you that is unreal
The pretty green vivid eyes
Tenderly gave me the needed heal
Inside my will now there are ties

When will we finally become
The best rhyme they sing?
When will pass this cold autumn
Skipping winter, sweetest spring?

One step close, excited
I dreamt again about you
And me together – united

Firstly close, out of the blue
It was in time, no time spent
In what we call a perfect end

15.1.12

Tempo!


E já não era em tempo de atualizar esse blog?

Se já não era em tempo eu não sei, mas já era em tempo! 

Bem, leitores (todos os dois desse blog), como o nosso título sugere, hoje falaremos sobre o tempo. O termo se refere tanto à situação geográfica atmosférica dum dado local, resvalando sobre a quantidade de chuvas, ventos ou sol, quanto à medida sequencial inspirada por Cronos (Κρόνος), lá na mitologia grega (representado aí na imagem do post. Pintura do velho Goya). No episódio, ele é um dos titãs, o mais moço deles, e traga seus filhos ao nascerem, pois que tinha medo de ser destronado (o que de fato ocorre. Trata-se de Zeus, que confundido com uma pedra, escapa desse destino (sobre isso, vide Teogonia: A Origem Dos Deuses, do velho Hesíodo)). Assim Cronos aparece como alegoria para o fato de que nada dura para sempre. O tempo vence e traga tudo e todos, menos Zeus... Tempo é considerado pela física como a quarta dimensão. Isso quer dizer que além de altura, largura e profundidade, podemos mensurar o tempo. Basta dar corda no relógio.Existem outras mais dimensões, mas o tempo contraposto ao espaço se revela como uma chave para entendermos nossas vidas, já que somos seres que apreciam a sequencialidade dos fatos. Serve para que uma vez fundado um conceito, se pode separá-lo dos outros e atribuir o devido mérito quanto sua originalidade etc, dando as honras aos primeiros elaborados. Serve para organizar as memórias e viver com isso. E ser feliz com isso, ou triste. Dependendo de como você encara seus episódios do dia a dia.

Mas quero furtar-me dos conceitos genéricos e falar sobre uma experiência muito pessoal. Ocorre que certa vez, em fevereiro, estive num lugar aqui pertinho de minha casa. Apenas três mil e seiscentos quilômetros de distância. Era uma terça, dia 22, salvo o engano, e eu ia voltar ao meu ‘lar, doce lar’ na quinta. Estava lá, num ponto fixo no espaço e no TEMPO. Dois dias antes de ir-me embora. Estava lá naquele dia, naquela hora. Conheci alguém. (graças a Cronos!!!!)

O fato é que eu mesmo meço a minha vida em antes e depois daquele samba rock. Mas como o poderia fazer se não houvesse o tempo? Com base em que apoiaria as minhas experiências daquele momento (‘daquele momento’, percebe?), poderia eu expressar-me sobre o caso? Como conjugaria os TEMPOS dos verbos, e trataria do pretérito, do que aconteceu? Impossível.

Bem, o TEMPO passou e eu aprendi que para lidar com ele, era preciso mais que uma régua. Era preciso paciência. Era preciso um tipo de paciência que só aquela famosa (para os que me conhecem bem) ‘paz de espírito’ poderia prover.  Pensava eu que na verdade isso engrandecia incomensuravelmente um ato. O tempo mais estendido torna uma espera mais nobre e embora a recompensa possa ou não ser condizente com sua dedicação, no fim vc agrega valor ao seu ser. Experiência nunca é demais, sim? Só quero dizer com isso que no tempo certo as coisas fluem. Maturar é um ato que se submete ao tempo, assim como tudo e que em tempo certo, as coisas fluem. O FUTURO a Zeus pertence. Espero ansioso pelos ticks do relógio para tocar o futuro. Não o deixarei escorrer entre meus dedos... é um relógio o qual nunca deixarei de dar corda... o certo é saber que você nunca, NUNCA, perde tempo.

18.3.07

Medo!


Medo. Dizem por ai pelos becos escuros das noites mais assustadoras que o medo é o sentimento que tanto é provocado quanto existe por si só. Diferente do amor ou do ódio que necessariamente precisam ser evocados por alguém para atingir a existência, o medo fica concentrado aí por perto, esperando para se agarrar às veias de alguém que passe desprevenido, chegando pela sua corrente sanguínea até o coração, inundando-o tanto por fora quanto por dentro, com seu viscoso breu, tão escuro quanto os oriundos daí, pensamentos obscurecidos de sua vítima. Ele paira pelos suntuosos salões do abstrato, do onírico, esta dimensão que está ligada ao universo real por esse fio de material plasmático não-material que se utiliza das percepções dos seres vivos como escotilhas para lançar suas setas, as quais chamamos de emoções, de sentimentos. O que diferencia o medo dos demais sentimentos, é que estes são arremessados onírico afora, enquanto aquele, além de compartilhar esta característica com os outros sentimentos, pode simplesmente pular realidade adentro, ao seu arbítrio.
E isto tudo é apenas o começo. Se nós pensávamos que a expansão napoleônica ou a nazista eram rápidas o bastante para cobrir o mapa Europeu em alguns anos de conquistas, o medo é tão veloz quanto possa cobrir a Terra num piscar de olhos. Mas ele precisa de toda uma ambientação, uma situação para isso. Se todos os seres vivos estivessem conectados (como nosso ultimo texto sugere), o medo iria se alastrar como uma epidemia diabólica, instantaneamente.
As reações ao medo são as mais diversas possíveis. Uns gritam e choram, outros ficam paralisados, tórpidos. Há ainda os que reagem com calma e frieza, os que desmaiam os que morrem...Enfim, o caos governaria sobre a Terra. Trazendo para um ambiente mais cyber, o sistema iria sucumbir a este script malicioso que é o medo: Um diruptivo vírus sem regras calculadas que simplesmente se multiplicaria mais rápido do que o processamento da máquina possa alcançar, quebrando as leis binárias, prejudicando o funcionamento do sistema ainda que momentaneamente.
Seria interessante ver o medo sufocar a humanidade toda de maneira súbita e tão subitamente desaparecer para que possamos, eu e você, leitor, dar boas gargalhadas das reações provocadas pelo sentimento autogenésico.

16.3.07

Simplesmente conecte-se!


Hoje eu (o garoto) sabia o que queria escrever. iria começar um texto sobre a dialética do comportamento social humano. levantei o seguinte questionamento: Se o ser humano é um ser social, por que as relações humanas são tão frágeis? Não é normal sermos destros em coisas que fazemos sempre? A prática não leva à perfeição?
Claro que existem níveis de sociabilidade entre os seres humanos, mas em todos estes níveis se percebe tal fragilidade. O que não deveria acontecer, visto que estamos vivendo socialmente a um bom tempo. A história nos mostra o quão frágil é esta faculdade que vou chamar de “o social”. Alguém achou que pegar um pedaço de terra e dizer que era seu, impelindo os outros a trabalhar para que pudessem ali permanecer e desfrutar o que de melhor aquela terra lhes podia dar. Ao meu ver, o primeiro impasse social, ainda que chamem isso de esperteza ou perspicácia. A partir daí acompanhamos muitos outros casos de níveis diferentes em que a busca pelo poder, afasta os seres humanos uns dos outros ou até destroem vidas.
Ás vezes, esta quebra do social cometida por um ser para com outro ser, acarreta em perdas para mais que apenas estes dois seres humanos. Às vezes a perda é para a humanidade. Mais uma vez, deixemos a história falar. Não, eu não citarei nenhum caso que exemplifique a afirmação acima. O que importa dizer é que temos simplesmente que nos conectar uns com os outros, da melhor forma possível.
Situando: imagine que a terra é um grande ser vivo, apenas como um ser humano. E que as células deste ser vivo estão dispostas ao longo dele, e dentro e por todos os lados, apenas como um ser humano. O que quero dizer é que se os seres humanos fazem parte deste grande ser vivo que é a terra (sem filosofias ou religiões), com certeza seriamos os neurônios. Sabemos que, assim como cada ser humano, cada neurônio é insubstituível. Os outros seres vivos seriam as demais células. Conceba você, leitor, uma comparação: um tipo de célula para cada tipo de ser vivo. Agora imagine se nossos neurônios brigassem por poder, destruindo uns aos outros e às vezes destruindo as memórias acumuladas aqui e ali, prejudicando o funcionamento geral do organismo, e às vezes atribuindo menos importância as demais células do organismo, e destruindo-as e causando caos e desordem, e...e....e...Cruel, não?
Trazendo para um âmbito mais cyber, eu diria que o social nada mais é do que o cabo de rede que temos plugados em nossas mentes, bem como o endereço de IP, o DNS e o Gateway, mas também a “máscara da Sub-rede”. Que este sistema não seja governado por uma maquina igual a todas as outras!

15.3.07

escreva!




Um garoto começou a escrever uma história. Ele não tinha a menor noção do que queria escrever, então apenas começou a deslizar sobre as teclas e a bater randomicamente em algumas delas...O tédio ia aumentando, afinal ele já atingia cerca de quarenta e sete palavras e não sabia ainda o que queria dizer. O que fazer? Pensou. Sem respostas proferidas por ele mesmo e por mais ninguém, já que estava só no quarto.
Baixava mais hq’s de star wars no emule e de vez em quando ia dar uma olhada no progresso. Principalmente por que ainda não sabia exatamente o que queria dizer. Apenas queria diz algo. Sentia uma vontade enorme de dizer qualquer coisa para qualquer pessoa, mesmo que fosse apenas para tomar o tempo de que o lesse. Até agora ele tinha conseguido. Esta pessoa tinha perdido pouco mais de 20 segundos olhando e tentando entender o que aquilo tudo significava, em vão...Nada. Aquilo não significava nada, simplesmente nada, vindo de uma pessoa que não quer estudar para as provas de português e de literatura brasileira que seguem pelas próximas duas manhãs.
Cento e oitenta e nove palavras depois ele começa a se despedir de seus leitores, agradecendo a paciência e mandando um forte abraço para eles.
Começa um quarto parágrafo sem ter dito absolutamente nada e termina pedindo desculpas pela violência que cometeu, roubando o tempo do leitor, e esperando ser desculpado, e que os leitores nunca comentem nada com ele se o encontrar por ai pela rua.
O quinto parágrafo se encarrega de trazer um bom e velho tchau!

27.11.06

sobre rochas e rochedos!


“A exploração que ocultamos de nós mesmos por eras, agora revelada!

Avia uma responsabilidade toda em se estar rodeado por aquelas pedras.
Eram calcários comuns, mas conservavam e carregam consigo, “sentimentos”. E temos que cultivar e preservar as coisas boas que existem nos outros não é? Quanta responsabilidade!
Tudo bem, nem todo sentimento é bom, mas os daquelas pedras eram deveras plausíveis de se cultuar!
Deve ser por isso que temos tantos ídolos de pedra, estátuas gigantescas, pirâmides, palácios, cidades inteiras. Os litos têm características pelas quais eles são obviamente utilizados na construção destas coisas sobreditas. Solidez e longividade, por exemplo.
Nós às exploramos! Damos formatos distintos, de acordo com nossas vontades, para estas criaturas inanimadas, mas cheias de sentimentos. Corrompemos as tais rochas com nossas formas e as formas que nos será útil, Evangelizamos-nas retirando toda a sua rica cultura, suas histórias e mitos, e aplicamos nossa religião, sistema de escrita e simbologias a serem usadas por elas. Ingá que o diga.
O dia em que os seixos e britas, encostas e montanhas, resolverem nos dar uma lição, rolando por cima de nós, caindo dos lugares onde as pusemos, se atirando contra nossos frágeis corpos, é que vamos ver, que não se deve adotar tal comportamento colonizador.

Mas eu não. Eu sou diferente.
Eu amo as pedras e sempre estarei engajado na defesa das nobres criaturas que não traíram deus desde a sua criação!”

Esta é uma carta de um louco, fanático psicótico, neurótico, miserável e tolo que escreveu para o nosso jornal, e será publicada apenas para que vocês, leitores, riam dele!
Sim nós vendemos entretenimento.
“Jornal irreal”, dia de hoje, que pouco importa!

28.12.05

Dando início a uma epopéia digital...


Pois é, ca estou eu aderindo a uma mania q até está em desuso, depois do advento do fotolog.Vamos começar apartir de agora, uma jornada pelos confins do múltiverso digital, em busca de uma ideia uzavel ou não, aplicavel em sonhos ou em loucuras, espandivel a caderninhos de ideias ou a banheiros. Vamos escrever o que temos vontade, vamos colocar coisas boas e ruins, e no fim, alguém vai dizer que foi escrito alguma coisa que causou alguma sensação em alguém, ou algo assim!a epoéia comessou...apertem os cintos e, acima de tudo, divirtam-se(ou não)...Boa Sorte!